"Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever"
(Clarice Lispector)
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Sinônimos de pai...
Sinônimos de pai... Uma palavra tão pequenina, Mas com um imenso significado. Pai: sinônimo de amor e dedicação Aquele que nos d...
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
domingo, 7 de outubro de 2012
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
BONS AMIGOS
Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!
Machado de Assis
Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!
A Vida Vivida ( Vinicios de Moraes)
A Vida Vivida
Quem sou eu senão um grande sonho obscuro em face do Sonho
Senão uma grande angústia obscura em face da Angústia
Quem sou eu senão a imponderável árvore dentro da
noite imóvel
E cujas presas remontam ao mais triste fundo da terra?
De que venho senão da eterna caminhada de uma sombra
Que se destrói à presença das fortes claridades
Mas em cujo rastro indelével repousa a face do mistério
E cuja forma é prodigiosa treva informe?
Que destino é o meu senão o de assistir ao meu Destino
Rio que sou em busca do mar que me apavora
Alma que sou clamando o desfalecimento
Carne que sou no âmago inútil da prece?
O que é a mulher em mim senão o Túmulo
O branco marco da minha rota peregrina
Aquela em cujos abraços vou caminhando para a morte
Mas em cujos braços somente tenho vida?
O que é o meu Amor, ai de mim! senão a luz impossível
Senão a estrela parada num oceano de melancolia
O que me diz ele senão que é vã toda a palavra
Que não repousa no seio trágico do abismo?
O que é o meu Amor? senão o meu desejo iluminado
O meu infinito desejo de ser o que sou acima de mim mesmo
O meu eterno partir da minha vontade enorme de ficar
Peregrino, peregrino de um instante, peregrino de todos os instantes
A quem repondo senão a ecos, a soluços, a lamentos
De vozes que morrem no fundo do meu prazer ou do meu tédio
Qual é o meu ideal senão fazer do céu poderoso a
Língua
Da nuvem a Palavra imortal cheia de segredo
E do fundo do inferno delirantemente proclamá-los
Em Poesia que se derrame como sol ou como chuva?
O que é o meu ideal senão o Supremo Impossível
Aquele que é, só ele, o meu cuidado e o meu anelo
O que é ele em mim senão o meu desejo de encontra-lo
E o encontrando, o meu medo de não o reconhecer?
O que sou eu senão ele, o Deus em sofrimento
o temor imperceptível na voz portentosa do vento
O bater invisível de um coração no descampado ...
que sou eu senão Eu Mesmo em face de mim?
Quem sou eu senão um grande sonho obscuro em face do Sonho
Senão uma grande angústia obscura em face da Angústia
Quem sou eu senão a imponderável árvore dentro da
noite imóvel
E cujas presas remontam ao mais triste fundo da terra?
De que venho senão da eterna caminhada de uma sombra
Que se destrói à presença das fortes claridades
Mas em cujo rastro indelével repousa a face do mistério
E cuja forma é prodigiosa treva informe?
Que destino é o meu senão o de assistir ao meu Destino
Rio que sou em busca do mar que me apavora
Alma que sou clamando o desfalecimento
Carne que sou no âmago inútil da prece?
O que é a mulher em mim senão o Túmulo
O branco marco da minha rota peregrina
Aquela em cujos abraços vou caminhando para a morte
Mas em cujos braços somente tenho vida?
O que é o meu Amor, ai de mim! senão a luz impossível
Senão a estrela parada num oceano de melancolia
O que me diz ele senão que é vã toda a palavra
Que não repousa no seio trágico do abismo?
O que é o meu Amor? senão o meu desejo iluminado
O meu infinito desejo de ser o que sou acima de mim mesmo
O meu eterno partir da minha vontade enorme de ficar
Peregrino, peregrino de um instante, peregrino de todos os instantes
A quem repondo senão a ecos, a soluços, a lamentos
De vozes que morrem no fundo do meu prazer ou do meu tédio
Qual é o meu ideal senão fazer do céu poderoso a
Língua
Da nuvem a Palavra imortal cheia de segredo
E do fundo do inferno delirantemente proclamá-los
Em Poesia que se derrame como sol ou como chuva?
O que é o meu ideal senão o Supremo Impossível
Aquele que é, só ele, o meu cuidado e o meu anelo
O que é ele em mim senão o meu desejo de encontra-lo
E o encontrando, o meu medo de não o reconhecer?
O que sou eu senão ele, o Deus em sofrimento
o temor imperceptível na voz portentosa do vento
O bater invisível de um coração no descampado ...
que sou eu senão Eu Mesmo em face de mim?
terça-feira, 31 de julho de 2012
sexta-feira, 27 de julho de 2012
terça-feira, 24 de julho de 2012
Pela luz dos olhos teus
Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.
Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
CRÔNICA “O último adeus”
“O último adeus”
Já faz bastante tempo,
mas aquele 16 de maio de 1994 jamais será esquecido. Ainda me pego tentando
resgatar na minha memória, traços, momentos, algo que me faça recordar da minha
infância. Tento reconstruir, através de fatos relatados por minha mãe e outros
familiares, ocasiões que vivera ao lado de uma figura heróica para qualquer
criança, meu pai, sempre ouvira dizerem que tinha uma ótima relação com ele,
mas apenas ouço, sem conseguir restaurar uma imagem nos meus sonhos que reforce
essa afirmação. São apenas lembranças imaginarias ou que estão guardadas no inconsciente,
uma vez que são apenas recordações de momentos vividos quando ainda era uma
criança muito pequena.
É um sentimento
indescritível, pois, ao mesmo tempo em que sinto um vazio, uma lacuna em meu
peito, não consigo definir ao certo do que sinto falta, uma vez que só é
possível sentir carência, saudade ou nostalgia daquilo de vivemos,
excepcionalmente dos momentos felizes que jazemos, mas com o passar dos tempos
vão se perdendo.
Somente uma cena o tempo
não conseguiu apagar, talvez por ser a mais intensa, nem sei se realmente me
lembro ou se fantasiei a partir das informações que ouvira ao longo dos anos. O
fato é que precisava de algo que legitimasse aquela situação trágica, quiçá
tenha sido isso mesmo que aconteceu.
Ainda era uma criança,
mas conseguia perceber que algo não ia muito bem. Os ânimos sempre alterados,
quase nunca ninguém sorria, era como se a alegria da família estivesse
definhando juntamente com a doença. É inaceitável ver que ele chega de
mancinho, em silêncio sem dar um menor sinal e de repente faz um estrago tão
profundo; é inacreditável, mas o câncer consegue fazer tudo isso e em tão pouco
tempo. Foram dias difíceis de muita dor e angústia, nada podia ser feito, pois
o destino já estava traçado. Era hora de partir, mas apesar de ser uma certeza,
por sinal a única que temos nessa vida, nunca estamos preparados para enfrentar
esse desafio que a vida nos impõe. Por mais que a razão saiba que a morte é um
momento de transição pelo qual todo ser tem de passar, a subjetividade custa
aceitar a distância, a perda e principalmente a saudade.
Eis que chega o triste dia,
a família e amigos ali reunidos numa sala, todos em volta de um corpo inerte
que já não exalava mais vida, não podendo corresponder às demonstrações de
carinho dos que ali estavam em sua homenagem. A tarde estava sombria, as nuvens
encobria o brilho do sol deixando assim uma tarde cinzenta. Passarinhos no céu
começaram a cantar como se soubessem o que acontecia e por meio de sua música
estavam ali para nos acalmar.
Parece até sadismo o
fato de pessoas ficarem inúmeras horas a olhar um corpo preso por tábuas de
madeira e imaginar que dali nunca mais sairá. No entanto são os últimos
momentos para estar como a pessoa amada. Hoje fico a pensar o que estaria
passando na cabeça de uma criança tão pequena e inocente vivenciando essa
situação. Estaria ela consciente de que jamais iria vê-lo, estaria em seus
braços ou mesmo tocá-lo? É impossível descrever um sentimento de tamanha
profundidade, mas a reação foi de alguém consciente que não sabia ao certo o
porquê, porém foi capaz de expressar nitidamente seu desespero em ter que dar o
último adeus.
(Maria Paixão da Cruz)
segunda-feira, 9 de julho de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
BORBOLETAS
Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de
se decepcionar é grande.
As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.
Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.
As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.
O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar
não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
Mario Quintana
Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de
se decepcionar é grande.
As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.
Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.
As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.
O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar
não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
Resumo do conto:
"Venha Ver o Pôr Do Sol"
"Venha Ver o Pôr Do Sol"
Ricardo e Raquel eram dois namorados quando jovens. Mas ela trocou-o por um homem mais velho, porém mais rico. Ricardo nunca se conformou. Convidou-a então para um encontro, um último pôr-do-sol, num cemitério abandonado de um vilarejo. Ela vai de táxi, anda diversos metros, pois o chão é um barro e o carro não chega até lá. Começam a conversar e Ricardo leva-a para dentro do cemitério, de braços dados, contando histórias antigas de ambos. Raquel tem medo. Ele diz a ela então que nada tema por que com ele não há problema, e lhe conta a história de uma prima, apaixonada por ele, que ela o amou ,ele não, e morreu quando tinha 15 anos. Ela o refuga, diz que agora tem um namorado rico, dá tudo o que ela quer. O ódio o consome, mas ele se controla. Vão visitar o túmulo da prima de Ricardo. Chegam ao túmulo, Ricardo pede para que Raquel observe o quanto a prima era bonita, compara ambas, para logo depois irem embora. Raquel entra na capelinha que dá acesso ao túmulo, arrepia-se toda, treme de frio. É escuro o lugar, mas ela acende um fósforo, maldizendo Ricardo. Aceso o fósforo, lê a inscrição no túmulo da prima e faz umas contas matemáticas: Maria Emilia, nascida em 1892 e falecida ao quinze anos e... Mas ela jamais poderia ser sua namorada... ela olha para trás, vendo Ricardo com as chaves do túmulo na mão e rindo. Um sinistro pressentimento passa por sua cabeça. Ricardo fecha as portas do túmulo. Ela grita enquanto ele chacoalha as chaves e vai embora. Ela grita, grita, se desespera.
Ricardo se afasta e os gritos vão se distanciando, mas ninguém ouve.
Raquel grita, enquanto Ricardo passa pelo portão, e fecha-o. Ninguém mais a ouve.
Ricardo se afasta e os gritos vão se distanciando, mas ninguém ouve.
Raquel grita, enquanto Ricardo passa pelo portão, e fecha-o. Ninguém mais a ouve.
(Lygia Fagundes Telles)
quarta-feira, 28 de março de 2012
Dia Nacional da Poesia
Poesia é uma arte literária e, como arte, recria a realidade. O poeta Ferreira Gullar diz que o artista cria um outro mundo “mais bonito ou mais intenso ou mais significativo ou mais ordenado – por cima da realidade imediata”.
A poesia ganhou um dia específico, sendo este criado em homenagem ao poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871), no dia de seu nascimento, 14 de março.
Castro Alves ficou conhecido como o “poeta dos escravos” por sua luta pela abolição da escravidão. Além disso, era um grande defensor do sistema republicano de governo, onde o povo elege seu presidente através do voto direto e secreto.
Sua indignação quanto ao preconceito racial ficou registrada na poesia “Navio Negreiro”, chegando a fazer um protesto contra a situação em que viviam os negros. Sua arte era movida pelo amor e pela luta por liberdade e justiça.
Saudação aos que Vão Ficar
Saudação aos que Vão Ficar
Como será o Brasil
no ano dois mil?
As crianças de hoje,
já velhinhas então,
lembrarão com saudade
deste antigo país,
desta velha cidade?
Que emoção, que saudade,
terá a juventude,
acabada a gravidade?
Respeitarão os papais
cheios de mocidade?
Que diferença haverá
entre o avô e o neto?
Que novas relações e enganos
inventarão entre si
os seres desumanos?
Que lei impedirá,
libertada a molécula
que o homem, cheio de ardor,
atravesse paredes,
buscando seu amor?
Que lei de tráfego impedirá um inquilino
- ante o lugar que vence -
de voar para lugar distante
na casa que não lhe pertence?
Haverá mais lágrimas
ou mais sorrisos?
Mais loucura ou mais juízo?
E o que será loucura? E o que será juízo?
A propriedade, será um roubo?
O roubo, o que será?
Poderemos crescer todos bonitos?
E o belo não passará então a ser feiura?
Haverá entre os povos uma proibição
de criar pessoas com mais de um metro e oitenta?
Mas a Rússia (vá lá, os Estados Unidos)
não farão às ocultas, homens especiais
que, de repente,
possam duplicar o próprio tamanho?
Quem morará no Brasil,
no ano dois mil?
Que pensará o imbecil
no ano dois mil?
Haverá imbecis?
Militares ou civis?
Que restará a sonhar
para o ano três mil
ao ano dois mil?
Millôr Fernandes, in "Pif-Paf"
Como será o Brasil
no ano dois mil?
As crianças de hoje,
já velhinhas então,
lembrarão com saudade
deste antigo país,
desta velha cidade?
Que emoção, que saudade,
terá a juventude,
acabada a gravidade?
Respeitarão os papais
cheios de mocidade?
Que diferença haverá
entre o avô e o neto?
Que novas relações e enganos
inventarão entre si
os seres desumanos?
Que lei impedirá,
libertada a molécula
que o homem, cheio de ardor,
atravesse paredes,
buscando seu amor?
Que lei de tráfego impedirá um inquilino
- ante o lugar que vence -
de voar para lugar distante
na casa que não lhe pertence?
Haverá mais lágrimas
ou mais sorrisos?
Mais loucura ou mais juízo?
E o que será loucura? E o que será juízo?
A propriedade, será um roubo?
O roubo, o que será?
Poderemos crescer todos bonitos?
E o belo não passará então a ser feiura?
Haverá entre os povos uma proibição
de criar pessoas com mais de um metro e oitenta?
Mas a Rússia (vá lá, os Estados Unidos)
não farão às ocultas, homens especiais
que, de repente,
possam duplicar o próprio tamanho?
Quem morará no Brasil,
no ano dois mil?
Que pensará o imbecil
no ano dois mil?
Haverá imbecis?
Militares ou civis?
Que restará a sonhar
para o ano três mil
ao ano dois mil?
Millôr Fernandes, in "Pif-Paf"
quarta-feira, 14 de março de 2012
Uma Prova de Amor
Ana é uma garotinha que já nasceu com um propósito, salvar a vida da irmã mais velha que está com leucemia. Para isso ela foi concebida com a ajuda da medicina para que pudesse ser uma doadora compatível. E desde que nasceu seus pais a usaram para prover o necessário para sua irmã. Agora esta precisará de um transplante de rim e Ana sabe que, se o fizer, sua vida será limitada. E se não o fizer, sua irmã morrerá. Mas sabe também que sua irmã terá poucas chances de sobreviver, mesmo que o transplante dê certo.
A fim de evitar o transplante, Ana procura um advogado e entra com uma ação contra seus pais, buscando uma emancipação médica, ou seja, poder ela mesma tomar decisões sobre seu próprio corpo.
O filme tem uma trama muito bem feita. Não se trata apenas de uma luta de uma jovem contra o câncer, mas o quanto esta luta afeta todos ao seu redor.
Enquanto assistia ao filme, me questionava sobre a atitude de Ana. Afinal ela não deixa dúvidas sobre seu amor pela irmã. E isso leva ao questionamento: até que ponto vale a luta e o sacrifício quando se sabe que já não adiantará nada? E que decisão eu tomaria no lugar de Ana?
Um bom filme para se ver e pensar um pouco.
quinta-feira, 1 de março de 2012
Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Crônica:
A NOITE DA SEXTA – FEIRA TREZE
Era para ser mais um dia comum como todos os outros, mas não, era sexta-feira treze, a noite estava nebulosa e fria tipicamente como em cenas de filme de terror. Cercada de misticismo, lendas ou rituais, a sexta- feira treze sempre foi e ainda continua sendo alvo de muitos mistérios. Seria mesmo a noite de azar ou tragédias? Para alguns pode até ser, o que não impossibilita que coisas surpreendentemente boas venham ocorrer nessa data.
De repente o telefone toca e inesperadamente surge um convite para sair, ainda com o tempo chuvoso ela aceita o convite e começa a se arrumar mesmo não sabendo ao certo aonde vai capricha no visual, pois aquele não era apenas um passeio qualquer, havia muita coisa em jogo e a moça estava disposta a tudo, pois há bastante tempo esperava por esse dia. Um carro preto com vidros fechados chega para apanhá-la e eles saem sem destino pelas ruas, que por sua vez estão quase vazias, o casal fica por algum tempo a procurar, talvez, um lugar especial, pois visitam diversos bares e restaurantes e nada esta condizente com a ocasião.
Após muito tempo à procura de um ambiente satisfatório, a moça sugere um lugar, o rapaz aceita e eles partem para lá. Chegando ao local ambos descem do carro e se assustam com presença de um gato preto na porta da pizzaria. Ui!! Gritou à jovem.
A presença daquele gato não intimidou o jovem casal, assim eles ignoram toda e qualquer superstição e entram no local. Por um acaso do destino estavam eles no mesmo lugar onde se conheceram há bastante tempo. Seria este o ambiente mais apropriado para um reencontro entre duas pessoas que se perderam em meio aos desencontros da vida. Aquele era o casal certo, mas se encontraram num momento inoportuno onde a vida de ambos estava passando por momentos turbulentos, porém o destino estava lhes dando uma nova chance de reviver uma história de amor interrompida no passado. As horas passavam e eles continuam a conversar, sem se preocuparem com o mundo que existe lá fora ou mesmo que existem outras pessoas além deles.
O que para muitos é sinal de azar como ver um gato preto em noite de sexta-feira treze não interferiu em absolutamente nada na vida do jovem casal, pelo contrario, foi exatamente naquela noite que eles se reencontraram após muitos e muitos anos sem se verem, quis o acaso ou destino que o reencontro ocorresse naquele dia em meio a situações nebulosas cheia de suspense no ar. E o suspense continua, pois ainda não se sabe ao certo o que aconteceu depois daquele longo período de conversa que rumos tomaram essa história.
(Marya Paixão)
Crônica:
Primeira vez
Ao nascermos estaremos aptos a experimentar diversas sensações pela primeira vez, o primeiro choro, o primeiro sorriso, os primeiros passos... A sensação de viver algo pela primeira vez é inesquecível, são lembranças que levaremos conosco por todo sempre, sejam elas boas ou ruins.
A primeira vez, sempre será a primeira vez! A primeira decepção pode ser vista a principio, como uma grande tragédia ou o fim do mundo, mas com o tempo tudo se transforma em experiência e as experiências servem para nos tornar mais fortes, prepararmos para os desafios do mundo. A primeira vitória é vista como um momento mágico. Gostaríamos que o universo parasse naquele exato momento e todos percebessem o grande ato que acabastes de realizar com pleno sucesso e satisfação.
Toda experiência vivida pela primeira vez será sempre marcante, mas existe uma que se sobressai por ser ela mais intensa e ocorrer num momento de transição. O primeiro amor sem dúvida é uma fase muito acentuada, onde um novo sentimento surge de repente e invade seu coração sem pedir licença para entrar. Sempre existirá a lembrança de quando os olhares se cruzaram pela primeira vez e a partir de então reações químicas, físicas, biológicas e psíquicas começaram a fazer parte da sua vida.
Passe o tempo que passar haja o que houver, não importa o quanto dure, seja o for, mas nunca deixaremos de viver ou experimentar emoções, sensações, lições pela primeira vez. É algo que faz parte do ciclo da vida, todos os dias o sol nos adverte para um novo começo e nos da à chance de acertar, errar ou acertar com os erros, pois o importante na roda da vida nem sempre é o acerto, mas sim a tentativa de acertar.
(Maria Paixão da Cruz)
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Rosa de Saron
Minha Triste Imperfeição
Foi buscando acertar que às vezes eu errei
Mas quem pode acusar sem tentar compreender
Quando saio sem regar violetas que plantei
A sede que causei me afogará
Sem pressa, sei que posso alcançar
Digam o que quiserem só uma coisa importa
Verdadeiro é meu amor
O sentimento foi real
Quando eu te entreguei
Tudo aquilo que há em mim
Pode até não parecer
Se o mal que há em mim
Faz doer o teu coração
Minha triste imperfeição
Será que conseguirei a bondade que sonhei
Estou sempre a tentar remover as pedras
Se desvio o olhar da mão em minha direção
Fecho os olhos para mim e para você
Não canso, não desisto de lutar
Ainda se tropeço só uma coisa importa
Verdadeiro é meu amor
O sentimento foi real
Quando eu te entreguei
Tudo aquilo que há em mim
Pode até não parecer
Se o mal que há em mim
Faz doer o teu coração
Minha triste imperfeição
Mas quem pode acusar sem tentar compreender
Quando saio sem regar violetas que plantei
A sede que causei me afogará
Sem pressa, sei que posso alcançar
Digam o que quiserem só uma coisa importa
Verdadeiro é meu amor
O sentimento foi real
Quando eu te entreguei
Tudo aquilo que há em mim
Pode até não parecer
Se o mal que há em mim
Faz doer o teu coração
Minha triste imperfeição
Será que conseguirei a bondade que sonhei
Estou sempre a tentar remover as pedras
Se desvio o olhar da mão em minha direção
Fecho os olhos para mim e para você
Não canso, não desisto de lutar
Ainda se tropeço só uma coisa importa
Verdadeiro é meu amor
O sentimento foi real
Quando eu te entreguei
Tudo aquilo que há em mim
Pode até não parecer
Se o mal que há em mim
Faz doer o teu coração
Minha triste imperfeição
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Rubens Braga
Despedida
E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perda da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito.
E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?
Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.
Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus.
A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo.
Extraído do livro "A Traição das Elegantes", Editora Sabiá – Rio de Janeiro, 1967, pág.
E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perda da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito.
E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?
Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.
Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus.
A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo.
Extraído do livro "A Traição das Elegantes", Editora Sabiá – Rio de Janeiro, 1967, pág.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Vida (Charles Chaplin)
“Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis”.
Já fiz coisas por impulso,
Já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
Já dei risada quando não podia,
Já fiz amigos eternos,
Já amei e fui amado, mas também já fui rejeitado,
Já fui amado e não soube amar.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
Já vivi de amor e fiz juras eternas, mas “quebrei a cara” muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
Já liguei só pra escutar uma voz,
Já me apaixonei por um sorriso,
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade e…
…tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)!
Mas sobrevivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida…
e você também não deveria passar. VIVA!!!
Bom mesmo é ir a luta com determinação,
Abraçar a vida e viver com paixão,
Perder com classe e vencer com ousadia,
Porque o mundo pertence a quem se atreve
E A VIDA É MUITO para ser insignificante”
tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis”.
Já fiz coisas por impulso,
Já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
Já dei risada quando não podia,
Já fiz amigos eternos,
Já amei e fui amado, mas também já fui rejeitado,
Já fui amado e não soube amar.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
Já vivi de amor e fiz juras eternas, mas “quebrei a cara” muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
Já liguei só pra escutar uma voz,
Já me apaixonei por um sorriso,
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade e…
…tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)!
Mas sobrevivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida…
e você também não deveria passar. VIVA!!!
Bom mesmo é ir a luta com determinação,
Abraçar a vida e viver com paixão,
Perder com classe e vencer com ousadia,
Porque o mundo pertence a quem se atreve
E A VIDA É MUITO para ser insignificante”
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